Carlos Gregório é ator, diretor e roteirista. Formado pelo Conservatório Nacional de Teatro, iniciou a carreira em 1969, tendo desde então trabalhado intensamente no teatro, cinema e televisão. Nos palcos, participou de peças emblemáticas como Galileu Galilei, Na selva das cidades e O rei da vela, com o Teatro Oficina; A mais sólida mansão, texto de Eugene O`Neill, ao lado de Fernanda Montenegro e com direção de Fernando Torres; Era uma vez nos anos 50, de Domingos Oliveira; e A aurora da minha vida, de Naum Alves de Souza. Atuou em diversos filmes nacionais, como Prata Palomares, dirigido por André Faria e com roteiro de José Celso Martinez Corrêa; Os Inconfidentes, de Joaquim Pedro de Andrade; Guerra Conjugal, do mesmo diretor, com o qual foi eleito melhor ator no Prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte); e Baixo Gávea, de Haroldo Marinho Barbosa, premiado como melhor ator com o Troféu Candango do Festival de Brasília. Atuou também em telenovelas como Saramandaia, Veredas, Direito de amar, Vale Tudo, Elas por elas, Rainha da Sucata, História de Ana Raio e Zé Trovão e Quatro por quatro. Nos anos 80, começou a criar histórias para o cinema e em 1995 foi contratado como roteirista pela TV Globo, onde permaneceu por 26 anos. Em 2013 assinou, junto com Marcos Bernstein, a novela Além do Horizonte. Prestou consultoria de roteiro para instituições como Ministério da Cultura, Ancine, Secretaria do Audiovisual e para os workshops Sundance-Sesc/RioFilme em três de suas edições. Seu primeiro curta-metragem como diretor e roteirista, Amar…, de 1997, recebeu nove prêmios em festivais nacionais, em diversas categorias. Seu segundo curta, LOOP, ganhou os prêmios de Melhor Roteiro no Gramado Cine-Vídeo e no Festival de Curitiba em 2002. Em 2006, escreveu e dirigiu a série documental JK.Doc, uma parceria TV Globo/GNT. Escreveu a história original e o roteiro do filme Se Eu Fosse Você, dirigido por Daniel Filho em 2005. Em 2003, publicou o romance Ruídos e Pequenos Movimentos.

No começo da década de 1970, durante as filmagens de Os Inconfidentes, filme de Joaquim Pedro de Andrade rodado em Ouro Preto (MG), Carlos Gregório se aproximou de Paulo César Pereio. Junto da esposa deste último, Neila Tavares, criaram a Bléck Bêrd Produções Artísticas, responsável pela montagem de Anti-Nelson Rodrigues. O relato sobre este espetáculo, estreado em 1974, pode ser conferido na entrevista a seguir.

Neila Marize Tavares (1948-2022) foi atriz de teatro, cinema e televisão, além de escritora, produtora, jornalista e apresentadora de TV. Nascida em Niterói, estudou no Conservatório Nacional de Teatro, do Serviço Nacional de Teatro (SNT), e trabalhava como modelo de passarela, fotógrafa e pesquisadora de artistas como Di Cavalcanti e Roberto Rodrigues. Iniciou sua carreira como atriz em 1968, ao substituir Suely Franco na montagem de O Inspetor Geral pelo Teatro Opinião. Em seguida, atuou na peça De Bocage a Nelson Rodrigues, com direção de Jaime Barcelos, e se destacou no papel da “hippie” de Alegro Desbum, texto de Oduvaldo Vianna Filho dirigido por José Renato. Com seu então marido, Paulo César Pereio, e com o ator Carlos Gregório, fundou a Bléck Bêrd Produções Artísticas (uma grafia abrasileirada de Black Bird), responsável pela montagem de Anti-Nelson Rodrigues, em 1974. Nessa mesma década, atuou ainda em peças como O atelier de Zazá, de Georges Feydeau, com direção de José Renato, e É…, de Millôr Fernandes, com direção de Paulo José. Nas décadas seguintes, também atuou em espetáculos como Woyzeck: o crime do soldado, Hamlet, A Falecida, Noites Brancas, Édipo, Fausto, Vestido de Noiva, K: Uma Leitura d’o Castelo e Oh, Nelson Rodrigues, que adoráveis criaturas! Neila iniciou sua carreira no cinema em 1969, participando de mais de 20 filmes, entre eles A penúltima donzela, Memória de Helena, Marcelo Zona Sul, Bonga, o vagabundo, A Estrela sobe, Vai trabalhar, vagabundo, Assim era a pornochanchada, Os Sensuais – Crônica de Uma Família Pequeno-Burguesa, Os Noivos e O coronel e o lobisomem. Na televisão, estreou na TV Tupi em 1969, atuando nas produções Enquanto houver estrelas, O retrato de Laura e Tempo de viver, indo para e Rede Globo em meados da década de 1970, onde atuou em telenovelas como Gabriela, Anjo mau, O Casarão e Sinal de alerta. Como jornalista, escreveu para a Folha de São Paulo e para as revistas Pais e Filhos, Mulher de Hoje e Ele e Ela, além de apresentar programas de entrevistas na Rede Manchete e na TVE Brasil. Também se dedicou à escrita de livros espiritualistas, publicando Histórias maravilhosas para ler e pensar, Os mais belos pensamentos dos grandes mestres do espírito e Orações para pessoas de todos os credos. Durante mais de duas décadas e até seu falecimento, Neila morava em Lumiar, no estado do Rio de Janeiro, onde dirigia, ao lado do sócio Nilson Nunes, o grupo de teatro Pé na Tábua.

No começo da década de 1970, a Bléck Bêrd Produções Artísticas decidiu, para seu primeiro trabalho, estrear com um texto de Nelson Rodrigues. Como já havia entrevistado o autor quando de sua pesquisa sobre seu irmão Roberto Rodrigues, Neila Tavares arriscou lhe encomendar uma peça inédita. Com a insistência da atriz, depois de oito anos afastado dos palcos, o dramaturgo entregaria como resultado Anti-Nelson Rodrigues. O relato sobre este espetáculo, estreado em 1974, pode ser conferido na entrevista a seguir.

Do texto

Anti-Nelson Rodrigues, escrita em 1973, é uma peça que conta a história de Oswaldinho, jovem mimado, mulherengo e irresponsável que passa a ser presidente de uma das fábricas do pai. Acostumado a ter tudo o que quer, ele se vê desafiado quando se apaixona e tenta conquistar Joice, uma funcionária casta e incorruptível.

Da montagem

Anti-Nelson Rodrigues, a penúltima peça do “anjo pornográfico”, foi escrita em 1973, após um silêncio teatral de oito anos. Seu último texto para os palcos havia sido Toda nudez será castigada, de 1965, e desde então, contrário às tendências dominantes do teatro engajado, ele se mantivera refugiado nas crônicas jornalísticas e na TV. O motivo para esse retorno era a insistência de seis meses da atriz Neila Tavares para que ele lhe escrevesse um texto inédito, a ser encenado por sua recém fundada Bléck Bêrd Produções Artísticas, que contava também com Paulo César Pereio e Carlos Gregório. Apaixonada pelas peças de Nelson desde pequena, Neila acreditava que essa seria uma excelente escolha para a estreia do conjunto. O título, Anti-Nelson Rodrigues, era apresentado por ele mesmo como um “charme irônico” e como uma maneira de modificar a imagem criada por suas 15 peças anteriores, prometendo uma história clássica de amor despudoradamente piegas. Ao contrário do que era anunciado e do que o título sugeria, entretanto, embora houvesse um final feliz surpreendente, a peça acaba se revelando extremamente fiel à obra do dramaturgo e a seus temas costumeiros. Além disso, há o uso de frases e figuras de suas crônicas, com destaque para Salim Simão, personagem real e jornalista experiente, amigo seu. Na visão do crítico Flávio Marinho, a peça seria muito mais um “Pequeno Manual ou Dicionário Nelson Rodrigues”. Marcando a estreia de Pereio como diretor, os ensaios foram realizados na Casa Laura Alvim à medida em que as partes do texto iam chegando e Nelson acompanhava exigindo a preservação estrita de cada palavra. A princípio, Claudio Marzo faria o protagonista, Oswaldinho, mas acaba substituído por José Wilker, já bastante conhecido do grande público pela TV. Completavam o elenco Sônia Oiticica, Nelson Dantas, Paulo César Pereio, Carlos Gregório, Iara Jati e a própria Neila Tavares, que vendera um quadro de Di Cavalcanti para pagar os custos de produção. Divulgada como “a extraordinária história de uma cantada” e “uma peça escandalosamente romântica”, Anti-Nelson Rodrigues estreia após o carnaval, em 28 de fevereiro de 1974, no Teatro Nacional de Comédia, do Serviço Nacional de Teatro (atual Glauce Rocha), com apresentações de quarta a domingo, incluindo duas às quintas, sábados e domingos. A temporada se estende até o fim de julho e, com a centésima apresentação, no começo de junho, os ingressos são reduzidos a preços populares com o auxílio da Secretaria de Cultura, Desportos e Turismo. José Wilker acaba sendo substituído por Wolf Maya e, em agosto, nas apresentações em Niterói, por Reinaldo Cotia Braga. Como de costume, além de assistir às apresentações, Nelson promovia intensamente o espetáculo na imprensa, ressaltando a superlotação da sala, com a improvisação de mais assentos e “gente pendurada até no lustre”. A recepção crítica, contudo, é em geral negativa, apontando um dramaturgo repetitivo e sem o mesmo vigor criativo, em uma peça simplória, similar a episódios de A vida como ela é… A grande exceção seria o jovem crítico Gilberto Braga (Tumscitz), que via ali uma “síntese enxuta e poderosa da obra de Nelson”. Já era um momento em que, seguindo a repercussão da tese de mestrado do crítico Sábato Magaldi, Nelson era reconhecido como o mais importante dramaturgo surgido no Brasil desde Oswald de Andrade.

⸺ Texto

Nelson Rodrigues

⸺ Direção

Paulo César Pereio

⸺ Produção

Bléc Bêrd

⸺ Elenco

Oswaldinho: José Wilker
Tereza: Sônia Oiticica
Gastão: Nelson Dantas
Salim Simão: Paulo César Pereio
Hele Nice: Iara Jati
Joice: Neila Tavares
Leleco: Carlos Gregório

⸺ Cenário e Figurinos

Régis Monteiro

⸺ Iluminação

José Wilker

⸺ Trilha Sonora

Ian Guest

⸺ Vestidos de Tereza (Sônia Oiticica)

Echio Reis e Estênio Pereira

Fragmentos Jornalísticos

- “– Minha peça é romântica, eu não passo de um pierrô barato, um pierrô do Méier...” – (Depoimento de Nelson Rodrigues. “Anti-Nelson Rodrigues: a nova peça do chato genial”. O Globo, Rio de Janeiro, 21 dez. 1973.)

- “Para a produção do espetáculo Anti-Nelson Rodrigues, ainda em ensaios, a atriz Neila Tavares vendeu um Di Cavalcanti, sua única fortuna. O autor da peça é presença permanente em todos os ensaios, exigindo, inclusive, pontualidade dos atores.” – (“Teatrais”. O Globo, Rio de Janeiro, 28 jan. 1974.)

- “Incrível a repercussão do espetáculo “Anti-Nelson Rodriges”, antes mesmo da estreia, anunciada para meados de fevereiro.” – (“Cena Aberta”. O Globo, Rio de Janeiro, 30 jan. 1974.)

- “É uma história clássica de amor, que independe de tempo e de espaço. Mas que tem, sobre todas as outras histórias de amor, uma vantagem incontestável: o melhor narrador do teatro brasileiro.” – (“‘O Anti-Nelson Rodrigues’, escandalosamente romântico”. O Globo, Rio de Janeiro, 27 fev. 1974.)

- “E, mais uma vez, Nelson manipula com maestria tipos humanos extremamente próximos da nossa realidade, mostrando toda a sordidez e toda a pureza de que são capazes.” – (“‘O Anti-Nelson Rodrigues’, escandalosamente romântico”. O Globo, Rio de Janeiro, 27 fev. 1974.)

- “(...) em termos de agilidade dramática, Nelson nunca chegou a ser tão direto quanto agora.” – (TUMSCITZ, Gilberto. “A estreia de ontem: A volta do gênio com outra “História de Amor””. O Globo, Rio de Janeiro, 01 mar. 1974.)

- “(...) “Anti-Nelson Rodrigues” é sua narrativa de composição mais compacta, um furacão de teatralidade eletrizante, que caminha em linha reta, distribuindo calafrios, para chegar a um final clara e despudoradamente romântico (...).” – (TUMSCITZ, Gilberto. “A estreia de ontem: A volta do gênio com outra “História de Amor””. O Globo, Rio de Janeiro, 01 mar. 1974.)

- ““O Anti-Nelson Rodrigues” estreou quinta-feira passada e já está pintando como um grande sucesso no Teatro Nacional de Comédia. Nelson Rodrigues, o autor, está empolgadíssimo com esse trabalho e quase que diariamente assiste ao espetáculo.” – (MOTTA, Nelson. “Escandalosamente romântica”. O Globo, Rio de Janeiro, 05 mar. 1974.)

- “O autor define a sua nova obra como uma tragédia de costumes altamente familiar, que educa e distrai.” – (“O Anti-Nelson”. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 29 jan. 1974.)

- “O título da nova obra, O Anti-Nelson Rodrigues, cheira a uma dessas pretensamente escandalosas jogadas publicitárias em que o escritor é mestre, e que ao mesmo tempo chocam e divertem pelo despudor do seu narcisismo: nem Shakespeare teria a ideia de intitular uma de suas peças o Anti-Shakespeare!” – (MICHALSKI, Yan. “Nelson, dez anos depois”. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 24 fev. 1974.)

- “Nelson é passional, e escreve de maneira explosiva. E o super-realismo que ele usa é tão claro que se torna um hiper-realismo (..).” – (“Salim Simão, um personagem real em “O Anti-Nelson””. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 03 abr. 1974.)

- ““O Anti-Nelson Rodrigues” sugere apenas uma simples história de amor, sem drama social, sem vinculação política, e sem a principal característica de suas histórias: a violência.” – (GLÓRIA, Maria da. “Nelson Rodrigues, além da violência”. O Jornal, Rio de Janeiro, 02 jan. 1974.)

- “Para a tranquilidade da censura, e também daqueles que se opõe ao excesso pornográfico, em toda a peça são usadas apenas duas palavras consideradas fortes.” – (GLÓRIA, Maria da. “Nelson Rodrigues, além da violência”. O Jornal, Rio de Janeiro, 02 jan. 1974.)

- “– Apesar da fama de violento, Nelson sempre me pareceu um romântico. Nesta peça, ele procura tirar de dentro de si as outras personalidades que existem dentro dele e jogá-las para o conhecimento do público.” – (Depoimento de Paulo César Pereio. GLÓRIA, Maria da. “Nelson Rodrigues, além da violência”. O Jornal, Rio de Janeiro, 02 jan. 1974.)

- “– Minha peça é romântica, eu não passo de um pierrô barato, um pierrô do Méier...” – (Depoimento de Nelson Rodrigues. “Anti-Nelson Rodrigues: a nova peça do chato genial”. O Globo, Rio de Janeiro, 21 dez. 1973.)

- “Para a produção do espetáculo Anti-Nelson Rodrigues, ainda em ensaios, a atriz Neila Tavares vendeu um Di Cavalcanti, sua única fortuna. O autor da peça é presença permanente em todos os ensaios, exigindo, inclusive, pontualidade dos atores.” – (“Teatrais”. O Globo, Rio de Janeiro, 28 jan. 1974.)

- “Incrível a repercussão do espetáculo “Anti-Nelson Rodriges”, antes mesmo da estreia, anunciada para meados de fevereiro.” – (“Cena Aberta”. O Globo, Rio de Janeiro, 30 jan. 1974.)

- “É uma história clássica de amor, que independe de tempo e de espaço. Mas que tem, sobre todas as outras histórias de amor, uma vantagem incontestável: o melhor narrador do teatro brasileiro.” – (“‘O Anti-Nelson Rodrigues’, escandalosamente romântico”. O Globo, Rio de Janeiro, 27 fev. 1974.)

- “E, mais uma vez, Nelson manipula com maestria tipos humanos extremamente próximos da nossa realidade, mostrando toda a sordidez e toda a pureza de que são capazes.” – (“‘O Anti-Nelson Rodrigues’, escandalosamente romântico”. O Globo, Rio de Janeiro, 27 fev. 1974.)

- “(...) em termos de agilidade dramática, Nelson nunca chegou a ser tão direto quanto agora.” – (TUMSCITZ, Gilberto. “A estreia de ontem: A volta do gênio com outra “História de Amor””. O Globo, Rio de Janeiro, 01 mar. 1974.)

- “(...) “Anti-Nelson Rodrigues” é sua narrativa de composição mais compacta, um furacão de teatralidade eletrizante, que caminha em linha reta, distribuindo calafrios, para chegar a um final clara e despudoradamente romântico (...).” – (TUMSCITZ, Gilberto. “A estreia de ontem: A volta do gênio com outra “História de Amor””. O Globo, Rio de Janeiro, 01 mar. 1974.)

- ““O Anti-Nelson Rodrigues” estreou quinta-feira passada e já está pintando como um grande sucesso no Teatro Nacional de Comédia. Nelson Rodrigues, o autor, está empolgadíssimo com esse trabalho e quase que diariamente assiste ao espetáculo.” – (MOTTA, Nelson. “Escandalosamente romântica”. O Globo, Rio de Janeiro, 05 mar. 1974.)

- “O autor define a sua nova obra como uma tragédia de costumes altamente familiar, que educa e distrai.” – (“O Anti-Nelson”. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 29 jan. 1974.)

- “O título da nova obra, O Anti-Nelson Rodrigues, cheira a uma dessas pretensamente escandalosas jogadas publicitárias em que o escritor é mestre, e que ao mesmo tempo chocam e divertem pelo despudor do seu narcisismo: nem Shakespeare teria a ideia de intitular uma de suas peças o Anti-Shakespeare!” – (MICHALSKI, Yan. “Nelson, dez anos depois”. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 24 fev. 1974.)

- “Nelson é passional, e escreve de maneira explosiva. E o super-realismo que ele usa é tão claro que se torna um hiper-realismo (..).” – (“Salim Simão, um personagem real em “O Anti-Nelson””. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 03 abr. 1974.)

- ““O Anti-Nelson Rodrigues” sugere apenas uma simples história de amor, sem drama social, sem vinculação política, e sem a principal característica de suas histórias: a violência.” – (GLÓRIA, Maria da. “Nelson Rodrigues, além da violência”. O Jornal, Rio de Janeiro, 02 jan. 1974.)

- “Para a tranquilidade da censura, e também daqueles que se opõe ao excesso pornográfico, em toda a peça são usadas apenas duas palavras consideradas fortes.” – (GLÓRIA, Maria da. “Nelson Rodrigues, além da violência”. O Jornal, Rio de Janeiro, 02 jan. 1974.)

- “– Apesar da fama de violento, Nelson sempre me pareceu um romântico. Nesta peça, ele procura tirar de dentro de si as outras personalidades que existem dentro dele e jogá-las para o conhecimento do público.” – (Depoimento de Paulo César Pereio. GLÓRIA, Maria da. “Nelson Rodrigues, além da violência”. O Jornal, Rio de Janeiro, 02 jan. 1974.)