Maria Esmeralda Forte é atriz de teatro, cinema e TV, produtora e professora de interpretação. Nascida em Belém (PA), se transferiu ainda jovem para o Rio de Janeiro para cursar Administração Pública com uma bolsa de estudos. Tendo experiência apenas com teatro amador, passou a frequentar aulas de teatro até seu primeiro trabalho profissional em 1958, quando foi convidada por Rosamaria Murtinho e por seu grupo, Studio 53, para participar do espetáculo Exposição 1935 (ou O Zepelim e o Vovô Valentim), de Maria Inez Barros de Almeida. Em seguida, vieram trabalhos como Sangue no Domingo, de Walter Dürst, com direção de Ziembinski, e Boca de Ouro, de Nelson Rodrigues, com direção de José Renato. No começo da década de 1960, junto do Teatro dos Sete – grupo de Fernanda Montenegro, Fernando Torres, Sérgio Britto, Italo Rossi e Gianni Ratto –, atuou em O Beijo no Asfalto, Com a pulga atrás da orelha e Festival de Comédia. Nos anos seguintes, participou de espetáculos como Rasto Atrás, de Jorge Andrade, com direção de Gianni Ratto; O Apocalipse ou O Capeta de Caruaru, de Aldomar Conrado, com direção de Amir Haddad; Hoje é dia de rock, de José Vicente, com direção de Rubens Corrêa; e A rosa tatuada, de Tennessee Williams, com direção de Luiz Carlos Ripper. Sua vasta experiência nos palcos inclui ainda trabalhos com o grupo A Comunidade, conduzido por Amir Haddad, e com o Núcleo Carioca de Teatro, dirigido por Luiz Arthur Nunes, com o qual atuou em peças como A maldição do Vale Negro, A vida como ela é…, Tragédias cariocas para rir, O correio sentimental de Nelson Rodrigues, A prosa de Nelson e A Tempestade. Em 2005, com o grupo carioca Aquela Cia, atuou em Projeto K e, em seguida, Sub: Werther, ambas com textos de Walter Daguerre, baseadas, respectivamente, em Kafka e Goethe. No Cinema, fez Perdidos e Malditos, de Geraldo Veloso, e na TV participou de Teatrinho Trol, Pouco amor não é amor, Vitória, Sonho de Amor, Sangue e Areia, Irmãos Coragem e Brasil Imperial, além de A morta sem espelho, telenovela de Nelson Rodrigues, produzida em 1963. Foi professora de interpretação por mais de 30 anos na Casa das Artes de Laranjeiras (CAL). Em 2017, quando completou 60 anos de carreira, Maria Esmeralda trabalhou com a Cia Balagan na peça Programa Pentesiléia – Treinamento para Batalha Final, de Lina Prosa.

Para a temporada de 1962 de O Beijo no Asfalto, do Teatro dos Sete, no Teatro Maison de France, Maria Esmeralda foi convidada para substituir a atriz Suely Franco no papel de Dália, a irmã da protagonista interpretada por Fernanda Montenegro. O relato dessa experiência pode ser conferido na entrevista a seguir.

Do texto

Em O Beijo no Asfalto, o protagonista, Arandir, realiza o pedido de um homem atropelado à beira da morte e beija sua boca. A cena é testemunhada pelo repórter Amado Ribeiro, que, com a cumplicidade de um delegado, transforma a situação em um escândalo jornalístico com fins comerciais, o que levará à destruição crescente da reputação de Arandir.

Da montagem

O Beijo no Asfalto foi escrito por Nelson Rodrigues especialmente para o grupo Teatro dos Sete, a pedido de Fernanda Montenegro. Segundo Ruy Castro, a atriz o teria procurado em fins de 1959, o que não impediu que ele demorasse mais de um ano para entregar o texto, concluído em 21 dias no final de 1960, após sucessivas cobranças. A notícia da encomenda já havia se espalhado pelos jornais ao longo do ano, criando o desejado clima de escândalo em torno da nova obra do autor maldito, que proclamava: “Deus me perdoe de ter escrito essa peça!”. O Teatro dos Sete era então composto por Fernanda Montenegro, Fernando Torres, Sérgio Britto, Italo Rossi e Gianni Ratto, seu diretor artístico, e se empenhava na difusão da encenação moderna no país. Atuando em anos de efervescência cultural (1959-1966), o conjunto tinha a seu favor o fato de alguns de seus membros alcançarem grande prestígio trabalhando na TV, sobretudo no Grande Teatro Tupi. Para sua quinta produção, o grupo decide-se por Nelson Rodrigues, autor símbolo do teatro moderno, estreando no Teatro Ginástico, no Rio de Janeiro, em 7 de julho de 1961. No mesmo dia, era lançado o livro com o texto, publicado pelo editor J. Ozon, à venda no Teatro e com Nelson autografando antes e depois da sessão. O Beijo no Asfalto, a 13ª peça do dramaturgo, era uma tragédia sinistra com uma crítica impiedosa à imprensa inescrupulosa e à polícia, cujo sensacionalismo e falta de ética seriam capazes de destruir um ser humano, ao transformar um gesto ingênuo de piedade – o beijo em um moribundo – em um ato homossexual público e hediondo. Marcando a estreia de Fernando Torres na direção, o espetáculo, que contava ainda com as atuações de convidados como Mário Lago, Oswaldo Loureiro, Francisco Cuoco e Suely Franco, bateu recordes de bilheteria no começo da temporada, atraindo, segundo os jornais, 16 mil espectadores apenas nas quatro primeiras semanas. No terceiro mês de representação, contudo, após 13 semanas em cartaz, a peça apresentou repentina queda de audiência, encerrando a temporada em 1º de outubro. O elenco se transfere, em seguida, para o Teatro Maison de France e reestreia O Beijo no Asfalto em 17 de agosto de 1962, com algumas substituições, seguindo em novembro para uma turnê pelo sul do país. Durante todo esse período, as polêmicas típicas do autor estariam novamente presentes, foram discutidas em debates na TV e eram motivadas sobretudo por três temas: a imprensa inescrupulosa, os métodos policiais e a homossexualidade latente. Segundo relatos, em algumas apresentações houve confusão na plateia, com vaias e protestos em cena aberta, o que ocorria especialmente na passagem em que o texto coloca em cheque a virilidade de certos maridos. O autor comparecia sempre ao teatro e aguardava no saguão para interpelar aqueles que saíam ofendidos, perguntando os motivos para tanto. Passadas duas décadas desde a sua primeira peça, A mulher sem pecado, Nelson Rodrigues se encontrava em fase especialmente produtiva e o espetáculo tinha grande repercussão, com destaque para os intérpretes e para a construção de diálogos sincopados de frases curtas e precisas, acrescidos da novidade de alguns palavrões. Em dezembro de 1961, ele receberia pela primeira vez o troféu de Melhor Autor do ano do Círculo Independente de Críticos Teatrais (CICT), devido aos sucessos de Boca de Ouro e O Beijo no Asfalto.

⸺ Texto

Nelson Rodrigues

⸺ Direção

Fernando Torres

⸺ Produção

Sociedade Teatro dos Sete

⸺ Elenco

Uma prostituta: Marilena de Carvalho
O investigador Aruba: Renato Consorte
O repórter Amado Ribeiro: Sérgio Britto
Um fotógrafo: N. N.
O delegado Cunha: Ítalo Rossi
Aprígio: Mário Lago
Selminha: Fernanda Montenegro
Dália: Suely Franco
Comissário Barros: Labanca
Arandir: Oswaldo Loureiro
Matilde: Zilka Salaberry
Werneck: Francisco Cuoco
Pimentel: Ivan Ribeiro
Judith: Suzy Arruda
A Viúva: Carminha Brandão
O Vizinho: Henrique Fernandes

⸺ Cenário

Gianni Ratto

⸺ Maquinista Chefe

Jayme de Almeida

⸺ Eletricista Chefe

Adelar Elias

⸺ Contrarregra

Ruy Vieira

⸺ Chefe de guarda-roupa

Regina Malheiros

⸺ Execução de cenários

Dorloff

Fragmentos Jornalísticos

- “Agora, faz Nelson Rodrigues uma ousada crítica a métodos da Polícia e ao sensacionalismo jornalístico. Narra, em termos realistas, acontecimentos que, com entremeios de tom poético, mostram o lado mau das coisas.” – (SELJAN, Zora. “O Beijo no Asfalto”. O Globo, Rio de Janeiro, 08 jul. 1961.)

- “A plateia se espanta com o realismo das cenas, mas a verdade é que, ao modo de um polemista, Nelson Rodrigues expõe as chagas de uma cidade e critica uma civilização que se brutaliza.” – (SELJAN, Zora. “O Beijo no Asfalto”. O Globo, Rio de Janeiro, 08 jul. 1961.)

- “A direção de Fernando Torres foi uma agradável surpresa. Sem sofisticação, de maneira simples, correta e segura, conduz a “mise-en-scène” num ritmo crescente, aumentando em cada cena a angústia, o interesse e a ânsia pelo desfecho.” – (SELJAN, Zora. “O Beijo no Asfalto”. O Globo, Rio de Janeiro, 08 jul. 1961.)

- “A tragédia carioca, suburbana, no Ginástico, onde já é um grande êxito de bilheteria, está despertando comentários desencontrados, como, aliás, sempre acontece cada vez que uma nova obra do autor de “O Vestido de Noiva” surge diante do público.” – (ANDRÉ, Marcos. “O Beijo Famoso”. O Globo, Rio de Janeiro, 19 jul. 1961.)

- “É divertido ouvir as várias reações dos espectadores nos intervalos. E o autor, se se pudesse transformar numa mosca e ouvir esses comentários sem ser percebido, muito material colheria para novas peças.” – (ANDRÉ, Marcos. “O Beijo Famoso”. O Globo, Rio de Janeiro, 19 jul. 1961.)

- “(...) todos os artistas do Teatro dos Sete afinam pelo mesmo diapasão. Parece que o talento interpretativo de um se transmite ao outro, fazendo uma corrente. Muito boa a direção de Fernando Torres e os cenários de Gianni Ratto são exatamente o que o texto exigia.” – (ANDRÉ, Marcos. “O Beijo Famoso”. O Globo, Rio de Janeiro, 19 jul. 1961.)

- “Discutam, se quiserem, o último trabalho de Nelson Rodrigues. Porém é uma peça, uma peça que devem ver, por ser um grande marco no teatro nacional. E a multidão diante da bilheteria demonstra que o cartaz do Ginástico será de longa permanência. Digam o que quiserem, mas Nelson Rodrigues é um autor.” – (ANDRÉ, Marcos. “O Beijo Famoso”. O Globo, Rio de Janeiro, 19 jul. 1961.)

- “Nelson Rodrigues fez bem em denunciar dois grandes cancros da sociedade: a cupidez e a brutalidade que dominaram uma fase da Polícia e o sensacionalismo impiedoso, caluniador, de certa imprensa. Estas coisas precisam mesmo ser gritadas, para que todos saibam que essas aparências enganam, que o fundo dessas belas aparências é amargo.” – (SELJAN, Zora. “Beijo no Asfalto. O Globo, Rio de Janeiro, 02 ago. 1961.)

- “Quem assistir a nova peça do colega Nelson Rodrigues viverá um momento de pura, intensa e desesperada teatralidade. Beijo no Asfalto, que decalca definitivamente o nome de Fernanda Montenegro, não é outra coisa senão isto mesmo, ou seja, teatro na sua pureza, teatro em estado de graça.” – (“Beijo no Asfalto”. Última Hora, Rio de Janeiro, 19 jun. 1961.)

- “Todos sofrem e vibram em Beijo no Asfalto, todos. Os intérpretes e os espectadores. Aliás, não há bem fronteiras entre uns e outros. As peças de alta qualidade dramática têm o dom de projetar no palco é a nossa lágrima e a nossa paixão, a nossa miséria e o nosso pecado.” – (“Beijo no Asfalto”. Última Hora, Rio de Janeiro, 19 jun. 1961.)

- “O fato é que Nelson Rodrigues capta aspectos da (...) sensibilidade brasileira os mais repugnantes para o homem civilizado. Repugnante, entretanto, não quer dizer inexistente. Muito ao contrário.” – FRANCIS, Paulo. “O Beijo no Asfalto”. Última Hora, Rio de Janeiro, 08 jul. 1961.)

- “De qualquer forma, vamos ao teatro com uma certa animação, o que é raro no Rio. Até os mais radicais detratores de NR concordariam comigo nesse particular. Ele anima a vida teatral da cidade.” – FRANCIS, Paulo. “O Beijo no Asfalto”. Última Hora, Rio de Janeiro, 08 jul. 1961.)

- “O trágico no “Beijo no Asfalto” é que sua tragédia não se limita ao palco. Não. A partir do momento em que Selminha (Fernanda Montenegro) começa a amar – cessam as fronteiras entre o palco e a plateia. Cada espectador há de se reconhecer, na peça. Pois Arandir (Osvaldo Loureiro) e Selminha realizam, cenicamente, uma experiência de todos. Amigos, eu vos digo: “O Beijo no Asfalto” implica cada senhora, cada mocinha da plateia – “Esta sou eu!” dirão todas.” – (RODRIGUES, Nelson. “Nelson Rodrigues fala do Beijo no Asfalto”. Jornal dos Sports, Rio de Janeiro, 26 mar. 1961.)

- “O Beijo no Asfalto” corresponde a um dos melhores instantes do talento dramático de Nelson Rodrigues a esse chamamento de voo em que o dramaturgo funde a vida física de sua cidade-adotiva aos gestos universais do homem (...).” – (JAFA, Van. “O Beijo no Asfalto”. Correio da Manhã, Rio de Janeiro, 15 jul. 1961.)

- “Agora, faz Nelson Rodrigues uma ousada crítica a métodos da Polícia e ao sensacionalismo jornalístico. Narra, em termos realistas, acontecimentos que, com entremeios de tom poético, mostram o lado mau das coisas.” – (SELJAN, Zora. “O Beijo no Asfalto”. O Globo, Rio de Janeiro, 08 jul. 1961.)

- “A plateia se espanta com o realismo das cenas, mas a verdade é que, ao modo de um polemista, Nelson Rodrigues expõe as chagas de uma cidade e critica uma civilização que se brutaliza.” – (SELJAN, Zora. “O Beijo no Asfalto”. O Globo, Rio de Janeiro, 08 jul. 1961.)

- “A direção de Fernando Torres foi uma agradável surpresa. Sem sofisticação, de maneira simples, correta e segura, conduz a “mise-en-scène” num ritmo crescente, aumentando em cada cena a angústia, o interesse e a ânsia pelo desfecho.” – (SELJAN, Zora. “O Beijo no Asfalto”. O Globo, Rio de Janeiro, 08 jul. 1961.)

- “A tragédia carioca, suburbana, no Ginástico, onde já é um grande êxito de bilheteria, está despertando comentários desencontrados, como, aliás, sempre acontece cada vez que uma nova obra do autor de “O Vestido de Noiva” surge diante do público.” – (ANDRÉ, Marcos. “O Beijo Famoso”. O Globo, Rio de Janeiro, 19 jul. 1961.)

- “É divertido ouvir as várias reações dos espectadores nos intervalos. E o autor, se se pudesse transformar numa mosca e ouvir esses comentários sem ser percebido, muito material colheria para novas peças.” – (ANDRÉ, Marcos. “O Beijo Famoso”. O Globo, Rio de Janeiro, 19 jul. 1961.)

- “(...) todos os artistas do Teatro dos Sete afinam pelo mesmo diapasão. Parece que o talento interpretativo de um se transmite ao outro, fazendo uma corrente. Muito boa a direção de Fernando Torres e os cenários de Gianni Ratto são exatamente o que o texto exigia.” – (ANDRÉ, Marcos. “O Beijo Famoso”. O Globo, Rio de Janeiro, 19 jul. 1961.)

- “Discutam, se quiserem, o último trabalho de Nelson Rodrigues. Porém é uma peça, uma peça que devem ver, por ser um grande marco no teatro nacional. E a multidão diante da bilheteria demonstra que o cartaz do Ginástico será de longa permanência. Digam o que quiserem, mas Nelson Rodrigues é um autor.” – (ANDRÉ, Marcos. “O Beijo Famoso”. O Globo, Rio de Janeiro, 19 jul. 1961.)

- “Nelson Rodrigues fez bem em denunciar dois grandes cancros da sociedade: a cupidez e a brutalidade que dominaram uma fase da Polícia e o sensacionalismo impiedoso, caluniador, de certa imprensa. Estas coisas precisam mesmo ser gritadas, para que todos saibam que essas aparências enganam, que o fundo dessas belas aparências é amargo.” – (SELJAN, Zora. “Beijo no Asfalto. O Globo, Rio de Janeiro, 02 ago. 1961.)

- “Quem assistir a nova peça do colega Nelson Rodrigues viverá um momento de pura, intensa e desesperada teatralidade. Beijo no Asfalto, que decalca definitivamente o nome de Fernanda Montenegro, não é outra coisa senão isto mesmo, ou seja, teatro na sua pureza, teatro em estado de graça.” – (“Beijo no Asfalto”. Última Hora, Rio de Janeiro, 19 jun. 1961.)

- “Todos sofrem e vibram em Beijo no Asfalto, todos. Os intérpretes e os espectadores. Aliás, não há bem fronteiras entre uns e outros. As peças de alta qualidade dramática têm o dom de projetar no palco é a nossa lágrima e a nossa paixão, a nossa miséria e o nosso pecado.” – (“Beijo no Asfalto”. Última Hora, Rio de Janeiro, 19 jun. 1961.)

- “O fato é que Nelson Rodrigues capta aspectos da (...) sensibilidade brasileira os mais repugnantes para o homem civilizado. Repugnante, entretanto, não quer dizer inexistente. Muito ao contrário.” – FRANCIS, Paulo. “O Beijo no Asfalto”. Última Hora, Rio de Janeiro, 08 jul. 1961.)

- “De qualquer forma, vamos ao teatro com uma certa animação, o que é raro no Rio. Até os mais radicais detratores de NR concordariam comigo nesse particular. Ele anima a vida teatral da cidade.” – FRANCIS, Paulo. “O Beijo no Asfalto”. Última Hora, Rio de Janeiro, 08 jul. 1961.)

- “O trágico no “Beijo no Asfalto” é que sua tragédia não se limita ao palco. Não. A partir do momento em que Selminha (Fernanda Montenegro) começa a amar – cessam as fronteiras entre o palco e a plateia. Cada espectador há de se reconhecer, na peça. Pois Arandir (Osvaldo Loureiro) e Selminha realizam, cenicamente, uma experiência de todos. Amigos, eu vos digo: “O Beijo no Asfalto” implica cada senhora, cada mocinha da plateia – “Esta sou eu!” dirão todas.” – (RODRIGUES, Nelson. “Nelson Rodrigues fala do Beijo no Asfalto”. Jornal dos Sports, Rio de Janeiro, 26 mar. 1961.)

- “O Beijo no Asfalto” corresponde a um dos melhores instantes do talento dramático de Nelson Rodrigues a esse chamamento de voo em que o dramaturgo funde a vida física de sua cidade-adotiva aos gestos universais do homem (...).” – (JAFA, Van. “O Beijo no Asfalto”. Correio da Manhã, Rio de Janeiro, 15 jul. 1961.)